Dormente de madeira


DORMENTES DE MADEIRA

As dimensões dos dormentes variam com a bitola da via e com a sua utilização. Assim, os dormentes de uma via em bitola larga (1,60m), onde as cargas por eixo são inclusive mais elevadas, serão mais compridos e robustos que os de uma via em bitola estreita (1,0m).

Por outro lado, numa mesma via, as dimensões dos dormentes poderão variar com seu uso, cuja classificação básica é a seguinte:

• dormente normal: de uso geral;

• dormente de ponte ou viaduto: de maiores dimensões que um dormente normal, por exercerem função estrutural mais relevante, sobretudo nas obras-de-arte de estrado aberto (sem laje superior);

• dormente de aparelho de mudança de via - amv: com comprimento variável, visando cobrir a aproximação e separação de vias convergentes e divergentes que afluem a um amv:

• dormente de junta: colocado para suportar as juntas de uma barra de trilho, nos casos em que a junta é dita apoiada;

• dormente de terceiro trilho: usado em vias onde a eletrificação é feita através do terceiro trilho, para suporte deste, sendo intercalado à dormentação normal.

Em geral, os dormentes de madeira precisam de um tratamento químico, objetivando garantir-lhes maior resistência ao ataque de bactérias, fungos e insetos. Assim, os dormentes de madeira são tratados via de regra pela impregnação de creosoto, introduzido na madeira sob pressão, numa câmara fechada denominada autoclave. As instalações onde esse tipo de trabalho é feito recebem a sigla ETD – Estação de Tratamento de Dormentes.

Referências técnicas

As dimensões dos dormentes são variáveis e suas aplicações dependem da carga, velocidade do trem e raio das curvas da ferrovia.


Dormentes de linha

bitola 1m - 0,16 x 0,22 x 2,00m

bitola 1,60m - 0,17 x 0,24 x 2,80m


Dormentes especiais (AMV)

bitola 1m - 0,16 x 0,22 x comprimento de 2 a 5,60m

bitola 1,60m - 0,17 x 0,24 x comprimento de 2,80 a 5,60m

Processo de tratamento

O tratamento dos dormentes é realizado através do método de vácuo-pressão por autoclavagem, a madeira absorve os produtos de ação fungicida e inseticida, que protegem contra o ataque de insetos xilófagos e fungos. Depois de seco os produtos químicos não escorrem da madeira, não são carregados pela chuva e não poluem o solo.


Estudos comprovam que os dormentes tratados, podem ter vida útil superior a 25 anos