Cremalheira


CREMALHEIRA

As ferrovias podem ser construídas através de dois sistemas: simples aderência, onde há um contato simples e direto da roda com o trilho; e cremalheira, onde as locomotivas possuem uma roda central dentada motora que se encaixa num trilho suplementar também dentado.

A aderência é quantidade agarramento que existe entre roda e trilho. Assim, no caso de rampas muito íngremes, os esforços para tracionar o veículo podem superar a aderência e as rodas começam a patinar, impedindo que o veículo ferroviário vença o percurso íngreme.

Já num sistema cremalheira, o denteamento de roda e trilho suplementar aumenta sobremaneira a capacidade do veículo ferroviário de superar trechos muito íngremes.

Contudo, os problemas operacionais com a cremalheira tornam seu uso restrito a situações muito específicas. No Brasil, existem alguns poucos trechos ferroviários operando sob a forma de cremalheiras, como a E. F. Corcovado (trem turístico da cidade do Rio de Janeiro), e a ligação Paranapiacaba – Raiz da Serra (em São Paulo, na malha da MRS Logística). Com isso a quase totalidade da malha ferroviária opera sob regime de simples aderência.