TRILHO
Perfil metálico que suporta diretamente as cargas transmitidas pelo trem, repassando-as aos dormentes e servindo de via de rolamento e guia para as rodas do trem ou veículos ferroviários.
O Trilho divide-se em:
· BOLETO - É a própria pista de rolamento (apoio das rodas).
· ALMA - É a ligação entre o boleto e o patim.
· PATIM - É a base de apoio do trilho.
Características
Os trilhos ferroviários são designados pelo peso que apresentam por metro linear. Exemplo TR-57 – representa o peso de 57 Kg por metro de trilho.
Resistir diretamente as tensões que recebe do material rodante e retransmiti-los a outros elementos que compõem a estrutura da via.
Realizar o caminho dos rodeiros em movimento.
Servir de condutor de corrente elétrica necessária para sinalização e tração em linhas eletrificadas.
A geometria dos trilhos ferroviários (vignole) favorece a resistência a flexão. Quanto maior a alma, maior a distancia do boleto ao patim com relação à linha neutra da seção, conseqüentemente maior será o momento de inércia.
O patim é a parte do trilho que fica em contato com o dormente (ou placa de apoio) transferindo-lhes as tensões. Dessa forma, sua largura define o nível com o qual solicitará o dormente (ou placa), não devendo ser muito fino, garantindo dessa forma que a alma continue perpendicular ao dormente durante as solicitações transversais. Se não possuir espessura adequada ao nível de solicitação transversal, pode acumular deformações permanentes ao longo da vida útil e provocar acidentes. Sua espessura deve ser suficiente ainda para reduzir o nível de tensões residuais decorrentes do resfriamento diferenciado (durante fabricação) entre o boleto e o patim.
O boleto deve ser “massudo”, para que o desgaste não afete o momento de inércia da seção.
A alma deve possuir altura suficiente para resistir a flexão, devendo-se uma espessura mínima capaz de garantir adequada resistência e rigidez transversal, sendo considerado também o desgaste provocado pela corrosão atmosférica.